FALANDO DE OBSESSÃO (32)
Mediunidade em crianças, o que fazer? Parte IV
Continuação do numero anterior .
Cremos ser também prudente mencionarmos o que nos ensina o Item 7, desse mesmo capítulo:
“Há, no entanto, crianças que são médiuns naturalmente, quer de efeitos físicos, quer de escrita e de visões. Apresenta isto o mesmo inconveniente?
R- Não; quando numa criança a faculdade se mostra espontânea, é que está na sua natureza e que a sua constituição se presta a isso. O mesmo não acontece, quando é provocada e sobreexcitada. Nota que a criança, que tem visões, geralmente não se impressiona com estas, que lhe parecem coisa naturalíssima, a que dá muito pouca atenção e quase sempre esquece. Mais tarde, o fato lhe volta à memória e ela o explica facilmente, se conhece o Espiritismo." (1)
Não podemos deixar de alertar que, uma coisa é forçar o desenvolvimento da mediunidade em crianças e outra é identificar aquelas que já nascem com essa faculdade e, aos poucos, vão desenvolvendo a mediunidade por si só. É recomendável que os pais observem bem os filhos para que não os deixem à margem, pelo fato de já possuírem a mediunidade, e deixem de procurar uma casa espírita, para o devido aconselhamento e acompanhamento, tanto para a criança quanto para os pais.
Vejamos o Item 8 desse mesmo capítulo:
“Em que idade se pode ocupar, sem inconvenientes, de mediunidade?
R- "Não há idade precisa, tudo dependendo inteiramente do desenvolvimento físico e, ainda mais, do desenvolvimento moral. Há crianças de doze anos a quem tal coisa afetará menos do que a algumas pessoas já feitas. Falo da mediunidade, em geral; porém, a de efeitos físicos é mais fatigante para o corpo; a da escrita tem outro inconveniente, derivado da inexperiência da criança, dado o caso de ela querer entregar-se a sós ao exercício da sua faculdade e fazer disso um brinquedo." (2)
Salientamos, neste item, que a mediunidade de efeitos físicos, pelo fato do médium ter que dispender determinada carga de fluidos para plasmar objetos, movimentá-los, materializar rostos, etc, poderá levar à fadiga. Nesse caso, o médium precisará de repouso para reconstituir-se fisicamente, além do que, esse tipo de trabalho requer, do médium, uma certa disciplina alimentar. No caso da criança, isso é extremamente desaconselhável.
Há casos em que crianças detém esse tipo de fluido, necessário para a ocorrência de fenômenos de efeitos físicos. Em determinados locais, louças e objetos se quebram, aparelhos elétricos e eletrônicos ligam e desligam voluntariamente. Isso é muito comum de acontecer.
E é interessante mencionar que hoje, a medicina já reconhece a mediunidade.
“Transtornos caracterizados por uma perda transitória de consciência de sua própria identidade, associada a uma conservação perfeita da consciência do meio ambiente. Devem aqui ser incluídos somente aos estados de transe involuntários e não desejados, excluídos aqueles de situações admitidas no contexto cultural ou religioso do sujeito” (3).
Ou seja, o estado de subjugação é avaliado e reconhecido pela medicina, porém geralmente é visto como um transtorno de causa orgânica ou psicogênica.
A Associação Americana de Psiquiatria também se manifesta nesse sentido:
“Alertando que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver e ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso não significa uma alucinação ou loucura.”(4)
Citações:
1)- _____/_____. Item 7
2)- _____/_____. Item 8
3)- Código Internacional de Doenças 10ª Edição – F- 44-3 – Estado de transe e possessão.
4)- Manual de Referencias aos Critérios de Diagnósticos de Desordem Mental da American Psychiatric Association -Item 300-15 – pag 231/232 – Ano 2003
Mediunidade em crianças, o que fazer? Parte IV
Continuação do numero anterior .
Cremos ser também prudente mencionarmos o que nos ensina o Item 7, desse mesmo capítulo:
“Há, no entanto, crianças que são médiuns naturalmente, quer de efeitos físicos, quer de escrita e de visões. Apresenta isto o mesmo inconveniente?
R- Não; quando numa criança a faculdade se mostra espontânea, é que está na sua natureza e que a sua constituição se presta a isso. O mesmo não acontece, quando é provocada e sobreexcitada. Nota que a criança, que tem visões, geralmente não se impressiona com estas, que lhe parecem coisa naturalíssima, a que dá muito pouca atenção e quase sempre esquece. Mais tarde, o fato lhe volta à memória e ela o explica facilmente, se conhece o Espiritismo." (1)
Não podemos deixar de alertar que, uma coisa é forçar o desenvolvimento da mediunidade em crianças e outra é identificar aquelas que já nascem com essa faculdade e, aos poucos, vão desenvolvendo a mediunidade por si só. É recomendável que os pais observem bem os filhos para que não os deixem à margem, pelo fato de já possuírem a mediunidade, e deixem de procurar uma casa espírita, para o devido aconselhamento e acompanhamento, tanto para a criança quanto para os pais.
Vejamos o Item 8 desse mesmo capítulo:
“Em que idade se pode ocupar, sem inconvenientes, de mediunidade?
R- "Não há idade precisa, tudo dependendo inteiramente do desenvolvimento físico e, ainda mais, do desenvolvimento moral. Há crianças de doze anos a quem tal coisa afetará menos do que a algumas pessoas já feitas. Falo da mediunidade, em geral; porém, a de efeitos físicos é mais fatigante para o corpo; a da escrita tem outro inconveniente, derivado da inexperiência da criança, dado o caso de ela querer entregar-se a sós ao exercício da sua faculdade e fazer disso um brinquedo." (2)
Salientamos, neste item, que a mediunidade de efeitos físicos, pelo fato do médium ter que dispender determinada carga de fluidos para plasmar objetos, movimentá-los, materializar rostos, etc, poderá levar à fadiga. Nesse caso, o médium precisará de repouso para reconstituir-se fisicamente, além do que, esse tipo de trabalho requer, do médium, uma certa disciplina alimentar. No caso da criança, isso é extremamente desaconselhável.
Há casos em que crianças detém esse tipo de fluido, necessário para a ocorrência de fenômenos de efeitos físicos. Em determinados locais, louças e objetos se quebram, aparelhos elétricos e eletrônicos ligam e desligam voluntariamente. Isso é muito comum de acontecer.
E é interessante mencionar que hoje, a medicina já reconhece a mediunidade.
“Transtornos caracterizados por uma perda transitória de consciência de sua própria identidade, associada a uma conservação perfeita da consciência do meio ambiente. Devem aqui ser incluídos somente aos estados de transe involuntários e não desejados, excluídos aqueles de situações admitidas no contexto cultural ou religioso do sujeito” (3).
Ou seja, o estado de subjugação é avaliado e reconhecido pela medicina, porém geralmente é visto como um transtorno de causa orgânica ou psicogênica.
A Associação Americana de Psiquiatria também se manifesta nesse sentido:
“Alertando que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver e ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso não significa uma alucinação ou loucura.”(4)
Citações:
1)- _____/_____. Item 7
2)- _____/_____. Item 8
3)- Código Internacional de Doenças 10ª Edição – F- 44-3 – Estado de transe e possessão.
4)- Manual de Referencias aos Critérios de Diagnósticos de Desordem Mental da American Psychiatric Association -Item 300-15 – pag 231/232 – Ano 2003