sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Mediunidade em crianças, o que fazer? Parte II

Mediunidade em crianças, o que fazer?
Parte II

(Alfredo Zavatte)

Continuação do numero anterior.

Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim, pois que minha
filha está miseravelmente possuída de espírito demoníaco.
Amélia Rodrigues / Divaldo Franco – Primícias do Reino

 
Embora o leitor possa achar que estou mudando do assunto principal que é a obsessão pra mediunidade, que não se preocupe, pois, esses dois podem estar intercalados causando grande preocupação aos pais em ver os seus filhos ainda em tenra idade, sofrer de causar que a medicina terrena, não conseguir diagnostica-las havendo pois, a necessidade de que haja um acompanhamento e tratamento aos pequenos para equilibra-los e continuarem a sua vida normal , para mais tarde quando estiverem em idade mais avançada trata-los.

Na maioria das vezes quando falamos em mediunidade ou obsessão, logo pensamos que esses acometimentos se manifestam somente nos adultos, mas a criança pode ser médium e pode também ser obsidiada, cabe então a pergunta: quem é afinal esse ser tão pequenino que já se presencia alguns acontecimentos como mediunidade ou obsessão?

Nos primeiros momentos que sucedem ao nascimento da criança, ainda embrulhada no lençol, os pais, olham-na e começam a elucubrações sobre aquele pequenino ser que acabou de chegar: quem seria aquele ser: de onde vinha? O que pretende da vida? Como será seu futuro? Que papel caberia aos pais, na vida daquele ser que acabara de chegar ao plano físico? Será que estaria começando ou apenas continuando?

São indagações de qualquer pai ou mãe àquele pequenino ser que acaba de chegar trazendo alegria dos pais, avós, tios e seus irmãos.

Elas não vem com esses folhetos bem elaborados, impressos que nos explicam com minúcias como funcionam os aparelhos que adquirimos, não trazem um manual de instrução, como abrir o pacote, como coloca-lo para funcionar, não trazem certificado de garantia caso apresente algum defeito e ainda não se aceita devolução.

Embora haja no pequeno que chega, um pouquinho de nós, os pais, sempre haverá a preocupação de que o filhote e nossa memória não se satisfará como aquele pequeno bolinho de gente esteja em nossos braços, em bem pouco tempo ele já não precisará estar em nossas mãos e partisse para viver sua própria vida, assim sempre haverá um pequeno temos de que ele poderá não conseguir acertar os caminhos invisíveis que surgirão do céu, podendo percorrer caminhos incertos.

Temos coisas a aprender e dasaprender com esses pequeninos que vieram sob nosso custódia e a primeira coisa a desaprender é que eles não herdam características psicológicas, como inteligência, dotes artísticos, temperamento, bom ou mau gosto, simpatia ou antipatia, doçura ou agressividade. Cada ser é único , em uma estrutura psicológica, preferências, inclinações ou aquele conjunto de temperamentos, e caráter. Somente características físicas são geneticamente transmissíveis; cor da pele, dos olhos, ou dos cabelos, tendência a uma forma física, predisposição a esta ou aquela enfermidade, ou saúde mais estável, traços fisionômicos, etc.

Assim, vamos definir o mais importante nesses seres recém chegados ao planeta: os pais produzem apenas o corpo físico dos filhos e não o seu espírito ou alma. Assim, vamos abrir espaço para novos conceitos, mais inteligentes, racionais e competentes acerca da vida. Esses seres são espíritos milenares que nos foram confiados pelo Pai, embalados no corpo físico que nós os vestimos, através do processo gerador, não são criados novinhos, sem passado e sem história, eles já existiam antes, em algum lugar, tem a sua biografia pessoal, trazem vivências e experiências e aqui aportam para reviver e não para viver, portanto eles estão renascendo e não apenas nascendo.

Dessa forma, temos em nossas mãos, em nossa família um ser que não temos o acesso ao seu passado, assim como também não temos ao nosso, mas que trazem consigo uma carga de experiências de todos os tipos e que cabe aos que os geraram fisicamente, encaminha-los da melhor forma possível, para que não se percam nos meandros das incertezas da vida.

Qualidades e defeito, créditos ou débitos, talentos ou não, eles também como espíritos milenares, trarão consigo tudo o que necessitam para evoluir espiritualmente e cabe aos pais trabalharem para que não aumentem sua carga de débitos, mas sim os créditos.

Em meio a tudo isso, esses pequeninos, poderão trazer já de outras épocas problemas que já em tenra idade física, terão indícios tanto obsessivos de antigos comparsas do passado e/ou a predisposição para a mediunidade prematura que carece de cuidados para não criarem mais complicadores, toda a atenção que pudermos dar à eles, deve ser bem dosada, tanto pelos pais, quanto pelas casas Espíritas que possam abriga-los, sempre com muito amor e muito carinho, dentro dos preceitos Evangélicos e com um direcionamento a lhes proporcionar paz, tranquilidade, orientação e acima de tudo, dar um norte para essas manifestações a fim de não permitir-lhes sofrimento.

Assim é que, os pequeninos que nos são apresentados, em que os pais, nos mostram o que eles estão atravessando e que nos relatam a maratona que já fizeram de médico em médico, sem sucesso, acabam sendo levados até nós nas casas espíritas, alguns até como último recurso, pois , já não sabem mais o que fazer e ai então a doutrina esclarecedora que abraçamos, os acolhemos e dentro das nossas possibilidades, vamos trabalhando para que esse espírito vá aos poucos , encontrando a paz e a tranquilidade que necessita para continuar sua vida, pois eles tem um longo caminho pela frente.

Esses pais, na maioria das vezes, desconhecem os meandro de uma mediunidade e de uma obsessão, não estão acostumados à isso e é até difícil deles acreditarem que aquele pequeno ser, seja uma espírito milenar e que já traz consigo os atavismos do passado como nos ensina Joanna de Angelis.


Continua no próximo numero

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