Mediunidade em crianças, o que fazer?
Parte II
(Alfredo Zavatte)
Continuação do numero anterior.
Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim, pois que minha
filha está miseravelmente possuída de espírito demoníaco.
Amélia Rodrigues / Divaldo Franco – Primícias do Reino
Embora o leitor possa achar que estou mudando do assunto principal que é
a obsessão pra mediunidade, que não se preocupe, pois, esses dois podem
estar intercalados causando grande preocupação aos pais em ver os seus
filhos ainda em tenra idade, sofrer de causar que a medicina terrena,
não conseguir diagnostica-las havendo pois, a necessidade de que haja um
acompanhamento e tratamento aos pequenos para equilibra-los e
continuarem a sua vida normal , para mais tarde quando estiverem em
idade mais avançada trata-los.
Na maioria das vezes
quando falamos em mediunidade ou obsessão, logo pensamos que esses
acometimentos se manifestam somente nos adultos, mas a criança pode ser
médium e pode também ser obsidiada, cabe então a pergunta: quem é afinal
esse ser tão pequenino que já se presencia alguns acontecimentos como
mediunidade ou obsessão?
Nos primeiros momentos que
sucedem ao nascimento da criança, ainda embrulhada no lençol, os pais,
olham-na e começam a elucubrações sobre aquele pequenino ser que acabou
de chegar: quem seria aquele ser: de onde vinha? O que pretende da
vida? Como será seu futuro? Que papel caberia aos pais, na vida daquele
ser que acabara de chegar ao plano físico? Será que estaria começando ou
apenas continuando?
São indagações de qualquer pai ou
mãe àquele pequenino ser que acaba de chegar trazendo alegria dos pais,
avós, tios e seus irmãos.
Elas não vem com esses
folhetos bem elaborados, impressos que nos explicam com minúcias como
funcionam os aparelhos que adquirimos, não trazem um manual de
instrução, como abrir o pacote, como coloca-lo para funcionar, não
trazem certificado de garantia caso apresente algum defeito e ainda não
se aceita devolução.
Embora haja no pequeno que chega,
um pouquinho de nós, os pais, sempre haverá a preocupação de que o
filhote e nossa memória não se satisfará como aquele pequeno bolinho de
gente esteja em nossos braços, em bem pouco tempo ele já não precisará
estar em nossas mãos e partisse para viver sua própria vida, assim
sempre haverá um pequeno temos de que ele poderá não conseguir acertar
os caminhos invisíveis que surgirão do céu, podendo percorrer caminhos
incertos.
Temos coisas a aprender e dasaprender com
esses pequeninos que vieram sob nosso custódia e a primeira coisa a
desaprender é que eles não herdam características psicológicas, como
inteligência, dotes artísticos, temperamento, bom ou mau gosto, simpatia
ou antipatia, doçura ou agressividade. Cada ser é único , em uma
estrutura psicológica, preferências, inclinações ou aquele conjunto de
temperamentos, e caráter. Somente características físicas são
geneticamente transmissíveis; cor da pele, dos olhos, ou dos cabelos,
tendência a uma forma física, predisposição a esta ou aquela
enfermidade, ou saúde mais estável, traços fisionômicos, etc.
Assim, vamos definir o mais importante nesses seres recém chegados ao
planeta: os pais produzem apenas o corpo físico dos filhos e não o seu
espírito ou alma. Assim, vamos abrir espaço para novos conceitos, mais
inteligentes, racionais e competentes acerca da vida. Esses seres são
espíritos milenares que nos foram confiados pelo Pai, embalados no corpo
físico que nós os vestimos, através do processo gerador, não são
criados novinhos, sem passado e sem história, eles já existiam antes, em
algum lugar, tem a sua biografia pessoal, trazem vivências e
experiências e aqui aportam para reviver e não para viver, portanto eles
estão renascendo e não apenas nascendo.
Dessa forma,
temos em nossas mãos, em nossa família um ser que não temos o acesso ao
seu passado, assim como também não temos ao nosso, mas que trazem
consigo uma carga de experiências de todos os tipos e que cabe aos que
os geraram fisicamente, encaminha-los da melhor forma possível, para que
não se percam nos meandros das incertezas da vida.
Qualidades e defeito, créditos ou débitos, talentos ou não, eles também
como espíritos milenares, trarão consigo tudo o que necessitam para
evoluir espiritualmente e cabe aos pais trabalharem para que não
aumentem sua carga de débitos, mas sim os créditos.
Em
meio a tudo isso, esses pequeninos, poderão trazer já de outras épocas
problemas que já em tenra idade física, terão indícios tanto obsessivos
de antigos comparsas do passado e/ou a predisposição para a mediunidade
prematura que carece de cuidados para não criarem mais complicadores,
toda a atenção que pudermos dar à eles, deve ser bem dosada, tanto pelos
pais, quanto pelas casas Espíritas que possam abriga-los, sempre com
muito amor e muito carinho, dentro dos preceitos Evangélicos e com um
direcionamento a lhes proporcionar paz, tranquilidade, orientação e
acima de tudo, dar um norte para essas manifestações a fim de não
permitir-lhes sofrimento.
Assim é que, os pequeninos que
nos são apresentados, em que os pais, nos mostram o que eles estão
atravessando e que nos relatam a maratona que já fizeram de médico em
médico, sem sucesso, acabam sendo levados até nós nas casas espíritas,
alguns até como último recurso, pois , já não sabem mais o que fazer e
ai então a doutrina esclarecedora que abraçamos, os acolhemos e dentro
das nossas possibilidades, vamos trabalhando para que esse espírito vá
aos poucos , encontrando a paz e a tranquilidade que necessita para
continuar sua vida, pois eles tem um longo caminho pela frente.
Esses pais, na maioria das vezes, desconhecem os meandro de uma
mediunidade e de uma obsessão, não estão acostumados à isso e é até
difícil deles acreditarem que aquele pequeno ser, seja uma espírito
milenar e que já traz consigo os atavismos do passado como nos ensina
Joanna de Angelis.
Continua no próximo numero
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