A mediunidade na casa espírita tem por objetivo a comunicação do
mundo material como o mundo espiritual através da comunicação do
espírito. Existe a evocação dos espíritos para que as pessoas perguntem
coisas relacionadas ao cotidiano de suas vidas, amores e negócios que
não dão certo? Não, isto nunca acontecerá em uma casa espírita séria e
equilibrada.
Os espíritos atendidos são trazidos pelos
benfeitores espirituais caridosamente em dia de reuniões mediúnicas para
ser atendidos, efetivando ali o principal objetivo da mediunidade: a
caridade tanto com os encarnados como com os desencarnados.
Vamos
explicar melhor: Quando uma pessoa desencarna, partindo para o outro
lado da vida, muda de casa, de corpo fluídico, muda a maneira de
alimentar-se, locomover-se, enfim, tudo muda. Muitos desconhecem essa
realidade, imaginado que tudo acaba com a morte do corpo físico. Mas
adentra-se na outra dimensão percebe que não é verdade. Muitos não
entendem o que acontece sentindo-se confusos com a situação e outros,
perturbam-se a ponto de pensarem que ainda estão vivos, e até imaginam
que estão em processo de loucura.
Mesmo os mentores do plano
espiritual, amigos e parentes querendo ajuda-los, não conseguem a curto
prazo, pois estas criaturas estão tão ligadas ao plano físico que só
conseguem ver, ouvir e sentir as coisas e pessoas da dimensão da
matéria.
É ai que entra a ponte para o processo de entendimento
um pouco mais acelerado que se chama mediunidade. Como o médium, que
tem o corpo físico material o espírito recém-desencarnado ainda ligado
as coisas das matérias consegue ver como dissemos antes, ele só consegue
ver, ouvir e sentir as impressões da matéria devido a sua ligação ainda
muito forte e recente com a matéria.
O processo da comunicação
acontece com a ajuda da espiritualidade superior, onde o espírito
desencardo influencia o médium e fala através dele as suas angústias.
Então é ouvido e se faz ouvir. Neste momento, acontece um fenômeno
fantástico! O véu cai! Através de emanações fluídicas e terapêuticas e
com o bondoso acolhimento do orientador espiritual também encarnado, o
nosso irmãozinho em sofrimento conseguem observar o plano espiritual e
assim ser encaminhado para hospitais de auxilio da espiritualidade
maior. Podemos dizer que a prática mediúnica na casa espírita diminui
muitos anos de sofrimento do espírito, abreviando significativamente a
angústia graças a este fenômeno.
Podemos ver o exemplo claro no
livro Nosso Lar, onde o espírito de André Luiz só conseguiu adentrar na
faixa vibratória da espiritualidade superior quando realizou uma oração
sincera. Mas infelizmente neste caso não foi através das bênçãos de um
mediunidade, foi através de muita dor e sofrimento.
A Mediunidade
é ferramenta divina em que o encarnado e o desencarnado são
beneficiados. O encarnado por sua vez livra-se dos fluidos pesados do
desencarnado que o acompanha, pois os médiuns são pessoas sensíveis que
conseguem captar as dores e as angústias tanto dos encarnados como dos
desencarnados. Sendo assim, ao frequentar uma reunião mediúnica e
conhecer os mecanismos da mediunidade através dos estudos na casa
espírita, estarão prontos para auxiliar e receber auxílio, obtendo assim
também o equilíbrio.
Infelizmente muitos desconhecem este fator
e, ao invés de praticar o amor ao próximo, preferem ficar na fila dos
hospitais, psiquiatras, manicômios e casas de recuperação mental para
que possam resolver os seus desequilíbrios. E no entanto, bastam
praticar a benção da mediunidade. Se você é médium, não desperdice a
chance de ser útil. Um dia, quem sabe, você poderá também necessitar
desta benção para ser prontamente acolhido, quando for morar do outro
lado da vida.
Para melhores esclarecimentos sobre o tema,
propomos a leitura do Livro dos Médiuns de Allan Kardec que, segundo
Herculano Pires, é na leitura dos livros do Médiuns que encontraremos
esclarecimentos dos mais complexos problemas. É a bússola para o sadio
exercício da mediunidade com perfeito equilíbrio.
Dilene Dutra Paulon
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA-
KARDEC, Allan - O Livro dos médiuns - FEB, Rio de Janeiro, 1994
J. Herculano Pires, vida e comunicação São Paulo: Paideia, 2000. 282p.
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