A mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente,
religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requeira essa
condição de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora. O médico
dá o fruto de seus estudos, feitos, muita vez, à custa de sacrifícios
penosos. O magnetizador dá o seu próprio fluido, por vezes até a sua
saúde. Podem pôr-lhes preço. O médium curador transmite o fluido salutar
dos bons Espíritos; não tem o direito de vendê-lo. Jesus
e os apóstolos, ainda que pobres, nada cobravam pelas curas que
operavam. Procure, pois, aquele que carece do que viver, recursos em
qualquer parte, menos na mediunidade; não lhe consagre, se assim for
preciso, senão o tempo de que materialmente possa dispor. Os Espíritos
lhe levarão em conta o devotamento e os sacrifícios, ao passo que se
afastam dos que esperam fazer deles uma escada por onde subam."
* * *
De "O Evangelho segundo o Espiritismo", Cap. XXVI, itens 7 a 10.
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