Aperfeiçoamento do médium - Por M.B Tamassia
Um ser constitutivamente difícil Geralmente quando encontram um cidadão dotado de faculdade mediúnica, colocam-no logo numa fortíssima corrente magnética e espírita, a qual rompe a sua defesa natural somática, tornando-o médium desenvolvido da noite para o dia. Ora, médium não é biscoito, cuja massa se leva ao forno ardente e se tira já pronto para servi-lo à mesa, atendendo os diversos paladares !
Médium também, não é tão somente um instrumento indiferente, impassível como o violão que nada reclama se aparece um joão-ninguém qualquer e o"arranha". Médium é, de fato, instrumento, mas o instrumento mais original e ímpar que Deus produziu, pois que é vivo.
Não é vivo simplesmente como foca amestrada mas vivo consciente e responsável ! Logo, (entendam bem isto) quando o espírito for tocá-lo, para comunicar-se A ALMA DO MÉDIUM TOCARÁ JUNTO. Dai que o som da transmissão mediúnica nunca seja pura. Imagine, 0 leitor, como seria curioso se tocássemos um violão que tivesse capacidade de dizer SIM ou NÃO, manifestando, no meio do solo musical, a sua preferência, opondo-se a que o musicista tocasse "Thais" de Massenet, exigindo que executasse "Luar do Sertão"! Ou, então, imaginemos um violão com livre arbítrio e que, no melhor da festa, resolvesse quebrar três das suas seis cordas! Ou, ainda melhor, um violão que pudesse afinar e desafinar sozinho?! Eis que o médium se assemelha a este estranho lnstrumento que pode interferir na comunicação ou dificultá-la.
. Aprimoramento instrumental
Tudo que é espiritual se opõe de certo modo a fórmulas, diagramas e paradigmas, porque espírito é vida e vida é movimento. "Se é verdade diz Edgard Armond que não se pode forçar a eclosão das faculdades mediúnicas porque isso depende de amadurecimento espontâneo e oportuno, não é menos certo que se pode e se deve aperfeiçoar e disciplinar tais dotes para se obter resultados mais favoráveis".
O aperfeiqoamento do médiúm deve ser integral, mas, por imperativo prático, podemos coordená-lo assim:
. Sublimação - edificação interior, ascensão espiritual, evangelização.
. Cultura - conhecimentos gerais, artes, letras e ciências.
. Técnica - conhecimento e prática da mediunidade, leitura, aprendizagem, cursos trábalho, controle de emotividade, eliminação de reflexos.
. A Sublimação
Antes de qualquer coisa o médium precisa endireitar-se a si próprio ao menos tem de lutar neste
sentido, dando combate sem tréguas aos desequilíbrios, Diríamos que o médium é semelhante a um balão destes vistosos das festas juninas. O primeiro passo é sustentar o balão de pé, direito e não penso.
Acende-se lhe a mecha. Não o largamos ainda; exercemos lhe controle até senti-lo em condições de
superar as dificuldades, Ai então largamo-lo. O balão se liberta das suas amarras e sobe, Isto chama-se ascensão ou sublimação, Quanto mais se eleva mais ampla é a paisagem e o entendimento da vida, O médium, também, quanto mais se sublima mais entendimento, paciência e compreensão possui e mais apto se encontra para receber as mensagens do Alto.
Se soltamos o balão de repente sem prepará-lo, ele corre o risco de vacilar, indo de um a outro lado,
em horizontalidades. Para que a ascensão seja vertical importa que se eleve rumo ao zênite.
Assim também o médium tem de se libertar das amarras terrenas mas tem de ligar-se a um ponto fixo no alto, a Deus e, principalmente, ao divino Mestre Jesus.
Em regra, os médiuns que não se evangelizam ou, de alguma sorte não se espiritualizam, estão sujeitos a terríveis quedas e desenganos.
. A Cultura
A pessoa erradamente supõe que, sendo dotada de mediunidade, não necessita de mais nada e raciocina
assim: "Eu sou um instrumento passivo e minha missão é entregar-me aos guias espirituais para que
escrevam pela minha mão ou falem pela minha boca. Portanto, não preciso aprender nada".
Isto é fruto de equívoco tremendo do que seja a mediunidade, pois os médiuns têm necessidade de burilamento. Neste ponto poderíamos também dar um exemplo: Eis um maravilhoso piano de meia cauda e, sentado na banqueta, o grande pianista Liszt. Ele se adianta à nossa curiosidade e diz-nos: "Os grandes protetores da música me escalaram para, nesta noite, prodigalizar aos terrícolas um grande concerto..."Liszt começa a execução e vemo-lo suar, fazer caretas, afligir-se. A melodia chega-nos ao ouvido truncada e os acordes incompletos. Na sala estrugem vaias e apupos: "Fora seu mistificador. Nunca fostes Liszt, mas um espírito enganador e mentiroso! "O pianista que era mesmo Liszt, deixa asala e chora!
Que aconteceu?!
Simplesmente o seguinte : O piano, embora vistoso e de marca famosa, estava sem feltro, porque os ratos o roeram; os martelinhos sem elástico, por ressecamento; as cordas enferrujadas e impercutíveis. Nem Santa Cecilia conseguiria tocar naquele instrumento.
Eis o drama que se passa entre o espírito comunicante e o médium transmitente. Como Rui Barbosa poderá expressar-se através de quem mal conhece a cartilha escolar? Onde o espírito de Oswaldo Cruz discorreria sobre epidemias com precisão terminológica?
pode acontecer de um médium semiletrado transmitir produções de elevada importância literária ou em idioma absolutamente estranho ao aparelho mediúnico mas isto não é a regra. Quando ocorre é porque, em sua vida pregressa, o médium teve experiências em tais setores do conhecimento, guardando, pois,elementos disponíveis em seu perispírito. A célebre médium Rosemary, através da qual se manifestava Lady Noona, em língua egípcia arcaica, tinha em antiquíssima encarnação vivido no Egito. Andrew Davis, cuja profissão era a de sapateiro, grosseirão e inculto, falava em hebraico, quando nele se incorporava o espírito do célebre Swedenborg, fato conferido pelo Dr, George Bush, professor de hebraico da Universidade de Nova York. Edgar Cayce fazia diagnósticos observando rigorosamente terminologia médica e deixou 30.000 exames para a "The Association for Ressearch and Enlightnment Inc." para pesquisá-las.
Acontece, porém, que, conforme as suas próprias revelações, ele em existência pregressa foi médico.
.A Técnica
Note-se que antigamente a medicina era exercida pelos barbeiros aptos a fazerem sangrias. O médium empírico de hoje poderá no futuro, vir também a ser antes preparado para o exercício de posição tão
sublime. A técnica se refere à aplicação prática das suas faculdades.
Que significa uma aproximação e como identificar a sua qualidade fluídica? Qual é a relação entre o
guia principal e o médium? Emmanuel e Chico Xavier? De que forma disciplinar-se mesmo sendo
inconsciente? Localização dos chacras, função de cada um e importância das correntes.
No entanto, nem de longe pensamos em uniformização. Estejamos prontos para entender a resposta que Chico Xavier deu aos que lhe perguntavam: "Importa que utilizemos nestes assuntos a não
inflexibilidade, uma atitude que não é flexibilidade e nem é inflexibilidade.
M.B Tamassia 1983
Do Livro: Você e a Mediunidade
Por M.B Tamassia
Editora: Casa Editora O Clarim
Um ser constitutivamente difícil Geralmente quando encontram um cidadão dotado de faculdade mediúnica, colocam-no logo numa fortíssima corrente magnética e espírita, a qual rompe a sua defesa natural somática, tornando-o médium desenvolvido da noite para o dia. Ora, médium não é biscoito, cuja massa se leva ao forno ardente e se tira já pronto para servi-lo à mesa, atendendo os diversos paladares !
Médium também, não é tão somente um instrumento indiferente, impassível como o violão que nada reclama se aparece um joão-ninguém qualquer e o"arranha". Médium é, de fato, instrumento, mas o instrumento mais original e ímpar que Deus produziu, pois que é vivo.
Não é vivo simplesmente como foca amestrada mas vivo consciente e responsável ! Logo, (entendam bem isto) quando o espírito for tocá-lo, para comunicar-se A ALMA DO MÉDIUM TOCARÁ JUNTO. Dai que o som da transmissão mediúnica nunca seja pura. Imagine, 0 leitor, como seria curioso se tocássemos um violão que tivesse capacidade de dizer SIM ou NÃO, manifestando, no meio do solo musical, a sua preferência, opondo-se a que o musicista tocasse "Thais" de Massenet, exigindo que executasse "Luar do Sertão"! Ou, então, imaginemos um violão com livre arbítrio e que, no melhor da festa, resolvesse quebrar três das suas seis cordas! Ou, ainda melhor, um violão que pudesse afinar e desafinar sozinho?! Eis que o médium se assemelha a este estranho lnstrumento que pode interferir na comunicação ou dificultá-la.
. Aprimoramento instrumental
Tudo que é espiritual se opõe de certo modo a fórmulas, diagramas e paradigmas, porque espírito é vida e vida é movimento. "Se é verdade diz Edgard Armond que não se pode forçar a eclosão das faculdades mediúnicas porque isso depende de amadurecimento espontâneo e oportuno, não é menos certo que se pode e se deve aperfeiçoar e disciplinar tais dotes para se obter resultados mais favoráveis".
O aperfeiqoamento do médiúm deve ser integral, mas, por imperativo prático, podemos coordená-lo assim:
. Sublimação - edificação interior, ascensão espiritual, evangelização.
. Cultura - conhecimentos gerais, artes, letras e ciências.
. Técnica - conhecimento e prática da mediunidade, leitura, aprendizagem, cursos trábalho, controle de emotividade, eliminação de reflexos.
. A Sublimação
Antes de qualquer coisa o médium precisa endireitar-se a si próprio ao menos tem de lutar neste
sentido, dando combate sem tréguas aos desequilíbrios, Diríamos que o médium é semelhante a um balão destes vistosos das festas juninas. O primeiro passo é sustentar o balão de pé, direito e não penso.
Acende-se lhe a mecha. Não o largamos ainda; exercemos lhe controle até senti-lo em condições de
superar as dificuldades, Ai então largamo-lo. O balão se liberta das suas amarras e sobe, Isto chama-se ascensão ou sublimação, Quanto mais se eleva mais ampla é a paisagem e o entendimento da vida, O médium, também, quanto mais se sublima mais entendimento, paciência e compreensão possui e mais apto se encontra para receber as mensagens do Alto.
Se soltamos o balão de repente sem prepará-lo, ele corre o risco de vacilar, indo de um a outro lado,
em horizontalidades. Para que a ascensão seja vertical importa que se eleve rumo ao zênite.
Assim também o médium tem de se libertar das amarras terrenas mas tem de ligar-se a um ponto fixo no alto, a Deus e, principalmente, ao divino Mestre Jesus.
Em regra, os médiuns que não se evangelizam ou, de alguma sorte não se espiritualizam, estão sujeitos a terríveis quedas e desenganos.
. A Cultura
A pessoa erradamente supõe que, sendo dotada de mediunidade, não necessita de mais nada e raciocina
assim: "Eu sou um instrumento passivo e minha missão é entregar-me aos guias espirituais para que
escrevam pela minha mão ou falem pela minha boca. Portanto, não preciso aprender nada".
Isto é fruto de equívoco tremendo do que seja a mediunidade, pois os médiuns têm necessidade de burilamento. Neste ponto poderíamos também dar um exemplo: Eis um maravilhoso piano de meia cauda e, sentado na banqueta, o grande pianista Liszt. Ele se adianta à nossa curiosidade e diz-nos: "Os grandes protetores da música me escalaram para, nesta noite, prodigalizar aos terrícolas um grande concerto..."Liszt começa a execução e vemo-lo suar, fazer caretas, afligir-se. A melodia chega-nos ao ouvido truncada e os acordes incompletos. Na sala estrugem vaias e apupos: "Fora seu mistificador. Nunca fostes Liszt, mas um espírito enganador e mentiroso! "O pianista que era mesmo Liszt, deixa asala e chora!
Que aconteceu?!
Simplesmente o seguinte : O piano, embora vistoso e de marca famosa, estava sem feltro, porque os ratos o roeram; os martelinhos sem elástico, por ressecamento; as cordas enferrujadas e impercutíveis. Nem Santa Cecilia conseguiria tocar naquele instrumento.
Eis o drama que se passa entre o espírito comunicante e o médium transmitente. Como Rui Barbosa poderá expressar-se através de quem mal conhece a cartilha escolar? Onde o espírito de Oswaldo Cruz discorreria sobre epidemias com precisão terminológica?
pode acontecer de um médium semiletrado transmitir produções de elevada importância literária ou em idioma absolutamente estranho ao aparelho mediúnico mas isto não é a regra. Quando ocorre é porque, em sua vida pregressa, o médium teve experiências em tais setores do conhecimento, guardando, pois,elementos disponíveis em seu perispírito. A célebre médium Rosemary, através da qual se manifestava Lady Noona, em língua egípcia arcaica, tinha em antiquíssima encarnação vivido no Egito. Andrew Davis, cuja profissão era a de sapateiro, grosseirão e inculto, falava em hebraico, quando nele se incorporava o espírito do célebre Swedenborg, fato conferido pelo Dr, George Bush, professor de hebraico da Universidade de Nova York. Edgar Cayce fazia diagnósticos observando rigorosamente terminologia médica e deixou 30.000 exames para a "The Association for Ressearch and Enlightnment Inc." para pesquisá-las.
Acontece, porém, que, conforme as suas próprias revelações, ele em existência pregressa foi médico.
.A Técnica
Note-se que antigamente a medicina era exercida pelos barbeiros aptos a fazerem sangrias. O médium empírico de hoje poderá no futuro, vir também a ser antes preparado para o exercício de posição tão
sublime. A técnica se refere à aplicação prática das suas faculdades.
Que significa uma aproximação e como identificar a sua qualidade fluídica? Qual é a relação entre o
guia principal e o médium? Emmanuel e Chico Xavier? De que forma disciplinar-se mesmo sendo
inconsciente? Localização dos chacras, função de cada um e importância das correntes.
No entanto, nem de longe pensamos em uniformização. Estejamos prontos para entender a resposta que Chico Xavier deu aos que lhe perguntavam: "Importa que utilizemos nestes assuntos a não
inflexibilidade, uma atitude que não é flexibilidade e nem é inflexibilidade.
M.B Tamassia 1983
Do Livro: Você e a Mediunidade
Por M.B Tamassia
Editora: Casa Editora O Clarim
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