As atividades das equipes mediúnicas nos Centros Espíritas são de
fundamental importância para a solução de problemas psíquicos,
desenvolvimento, educação da personalidade mediúnica e atendimento
desobsessivo dos seus integrantes com uma perspectiva socorrista para os
Espíritos sofredores e perturbadores que renteiam na esfera de ação dos
encarnados.
Todas as Instituições espíritas precisam
destas atividades para manterem inclusive a coesão de pensamento nos
ideais de enobrecimento das criaturas humanas, que se propõem a
trabalhar pela causa do amor ao próximo e sofrem as investidas de
Espíritos malévolos, empenhados em criar desentendimentos e malquerenças
nas hostes espiritistas.
Por esta razão, o bom senso
recomenda que a prioridade na composição da primeira equipe mediúnica,
de qualquer Centro espírita, deve recair sobre aqueles que fazem parte
da Diretoria em exercício, presumindo-se que todos esses possuam
conhecimento doutrinário razoável, vida moral sadia e estejam integrados
às tarefas de promoção humana.
Sem convites
precipitados, os encarregados do Departamento Doutrinário aguardam as
solicitações dos frequentadores das reuniões públicas doutrinárias,
integrados na Instituição, para receberem a permissão depois do estudo
prévio de O Livro dos Médiuns, a fim de se incorporarem aos grupos
mediúnicos espíritas analisando-se cada caso com um critério de seleção
cuidadoso, com bases nas diretrizes exaradas nas diretrizes traçadas por
Allan Kardec, antes de conceder-se a necessária autorização
O dirigente encarnado que será o representante no plano físico do
Mentor espiritual da equipe deve ser preferencialmente, um elemento que
faça parte da Diretoria executiva ou então alguém de inteira confiança
dela, devendo preencher os requisitos mínimos para o desempenho da
função, notadamente o conhecimento teórico sobre a mediunidade,
características de liderança natural, e ascendência moral na convivência
com os encarnados, refletindo nos desencarnados.
No
seu impedimento, não existindo um substituto devidamente credenciado
pelo titular, não é recomendável que se processe a parte prática do
intercâmbio espiritual.
Nesses casos as leituras
preparatórias serão realizadas normalmente, com posterior conversação
edificante sobre as questões lidas, com os cuidados compreensíveis para
evitar-se polêmicas, finalizando-se as atividades com vibrações
salutares e a prece de encerramento.
No transcorrer
destas atividades, os Orientadores espirituais farão o atendimento aos
Espíritos sofredores programados, no nível do plano espiritual com os
recursos energéticos simultâneos, do plano físico e extra físico.
Na hipótese de um grupo iniciante, sem médiuns ostensivos
atuantes, as atividades devem tomar um caráter de estudo sistemático das
obras básicas do Espiritismo, notadamente de O Livro dos Médiuns,
desdobradas através de comentários objetivos e resumidos, devendo-se
evitar a dinâmica discursiva e desnecessária.
No
final dos estudos reservar alguns minutos para aclimatação daqueles
possuidores da faculdade em afloramento, para uma convivência mental
mais estreita com os Espíritos sofredores trazidos pelos Orientadores no
plano extrafisico para um atendimento de enfermagem espiritual. Quando
os médiuns atuantes iniciarem as comunicações com frequência, deve-se
suspender o estudo sistemático passando somente para as leituras
preparatórias sem necessidade de comentários.
Sobre o
número de pessoas que devem compor as equipes mediúnicas existem
variadas opiniões de estudiosos encarnados e desencarnados. Todavia,
caberá ao dirigente encarnado dimensionar a quantidade ideal de
participantes para a formação de um grupo bem afinado.
Seria conveniente elaborar-se um regulamento interno, consultando o
capítulo específico existente em O Livro dos Médiuns e em outras obras
de autores confiáveis para as normas disciplinares a serem seguidas de
referência: a assiduidade, o número de comunicações dadas por cada
médium, e outros detalhes que ficarão a cargo do encarregado do
Departamento Doutrinário da Instituição
Importante
frisar que o êxito dos trabalhos com a participação da equipe espiritual
vai depender da postura pessoal dos seus integrantes encarnados.
Imprescindível uma preparação antecipada, principalmente na conduta
mental e moral, cuidados alimentar, de repouso físico para relaxar as
tensões físicas e psicológicas, provenientes das atividades cotidianas.
Artigo da Autoria de José Ferraz, trabalhador da Mansão do Caminho,
Salvador/Ba e membro do Projeto Manoel Philomeno de Miranda.
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